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Delito de Opinião

Delito à Mesa

Francisca Prieto, 28.06.14
 
Hoje foi dia de tertúlia no estrangeiro da Ana Vidal. A meia hora de Lisboa, almoçaram os membros do Delito, quais Lordes Byron, numa faustosa varanda escondida por vasos de hortenses. Ficámos para ali noutro meridiano, em amena cavaqueira, enquanto nos fomos servindo de extraordinárias vitualhas que incluíram um escabeche de pato coroado com raspas de laranja, praliné de citrinos a cavalo numa salada, aspic de tomate à chef Navarro e, meu Deus, uma selecção de sobremesas de fazer saltar as papilas gustativas.

A gastronomia foi, por estas e por outras, o tema dominante da tarde, embora também se tenham abordado assuntos menores tais como o estado da nação, a situação económica mundial e o mistério das conquistas amorosas de Hollande.

Mais para a tardinha, num momento de descontrolo, uma facção da mesa defendia a necessidade de se criar um partido composto pelos políticos de maior sex appeal do país (um critério como outro qualquer), enquanto do outro lado alguém confessava uma velha fraqueza por Cristiano Ronaldo, agarrando com veemência o pescoço e proferindo que “aquele rapaz, daqui para baixo, é um monumento”. Mas a decência rapidamente regressou à mesa, para se discutir ética jornalística, dobragens de filmes estrangeiros e até poesia.

Esteve-se tão bem nesta família que foi a custo que nos arrastámos porta fora para regressar ao azimute de origem. Eternamente gratos à Ana pela trabalheira de nos receber em sua casa.

 

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