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Delito de Opinião

Defender um outro caminho não é crime

Sérgio de Almeida Correia, 15.03.14

"Em nenhum ponto do documento se fala de não se pagar o que devemos ou se sugere, sequer, um perdão de dívida. O que se pretende é o que está escrito, é saldar, até ao último cêntimo, os compromissos assumidos com os nossos credores, obviamente em melhores condições do que aquelas que hoje existem. Isto é, com juros mais favoráveis e com maturidades mais longas, permitindo compatibilizar o crescimento económico e a criação de emprego com o cumprimento das nossas obrigações.

Só por cobardia, servilismo, submissão à ditadura ilegítima dos mercados, sectarismo ideológico e obediência cega a outros interesses que não o dos portugueses é que se pode rejeitar o debate sobre uma matéria que é decisiva para o nosso futuro coletivo. E só por uma qualquer pulsão totalitária é que se faz apelo a esta espécie de asfixia democrática, em que se manda calar quem se atreve a pensar, propor e chega a um consenso alargadíssimo - da direita à esquerda - para encontrar soluções para o mais grave dos nossos problemas.

Falar do pós-troika não é outra coisa que não seja discutir como lidar com o monstro da dívida pública portuguesa. Ainda para mais quando, a partir de setembro, as novas regras contabilísticas impostas pelo Eurostat atiram a dita para uns inimagináveis 140% do PIB nacional." - Nuno Saraiva, Diário de Notícias 

 

Depois de ler isto, lembrei-me de perguntar como é que o PSD está a pagar aos seus credores, mas ninguém me deu respostas. Cortaram no ordenado do Zeca Mendonça? Em que ponto estamos desde que Passos Coelho e Miguel Relvas tomaram conta do partido? Qual o valor das subvenções recebidas anualmente pelo PSD que é destinada ao cumprimento da sua dívida? Cortaram no combustível, nos carros? Pediram um esforço acrescido aos seus militantes? Talvez pudéssemos começar por aí para ver quais os sacríficios que o presidente do PSD impõe em sua casa para pagar o que o seu partido deve.

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