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Delito de Opinião

De que estão à espera?

Sérgio de Almeida Correia, 12.12.22

portugal-vs.-marrocos-mundial-800x400.jpg(créditos: daqui)

É óbvio que o senhor embaixador de Portugal no Japão está cheio de razão, apesar do seu escrito na rede Linkedin ter entretanto desaparecido e se poder questionar se nas funções que ocupa e numa rede profissional deverá emitir opinião sobre o "chuto-na-bola".

Atendendo ao que regularmente assistimos, em que temos um Presidente da República que por vontade dele estaria a disputar audiências a Cristina Ferreira, à Tânia ou ao Malato, e que comenta tudo e mais alguma coisa a pretexto de todos os pretextos e mais alguns, daí não virá mal ao mundo, tanto mais que o senhor embaixador, na sua área profissional, até tem dado provas de competência e profissionalismo, prestigiando o nome de Portugal.  

E ademais sabemos que as críticas ao seleccionador nacional de futebol não são de hoje nem de ontem, o que não fica em nada prejudicado pelo facto de Marrocos merecer os parabéns e de com este treinador se terem conquistado dois títulos internacionais. Estes resultados não nos fazem, nem à Federação Portuguesa de Futebol, eternamente reféns da gratidão devida e que, pelos valores amealhados pelos trabalhadores ao longo dos anos, está mais do que paga.

Agora que o campeonato do mundo de futebol acabou para Portugal; e independentemente daquilo que o embaixador de Portugal no Japão escreveu, importa seguir em frente e preparar a próxima campanha.

Mas, antes disso, convirá não esquecer o embróglio em que o senhor Fernando Gomes e a Federação Portuguesa de Futebol se meteram.

Para qualquer cidadão minimamente informado, é verdade que esquemas como o descrito no acórdão do tribunal arbitral não servem para fazer caridade.

E jamais seria de esperar que uma associação com estatuto de utilidade pública desportiva andasse a celebrar contratos com sociedades unipessoais ou afins para preencher cargos infungíveis de representação nacional.

Não falei nisso antes, não viesse aqui-d'el-rei alguém dizer que estão a desestabilizar a equipa antes de uma competição importante. Parece-me, pois, que chegou o momento de se tratar deste assunto.

Como ainda ninguém se demitiu, embora o assunto seja em si escabroso e ofensivo da maioria dos portugueses que levam uma vida inteira a pagar impostos, talvez o "comentador" Marcelo, o primeiro-ministro e o responsável pelas Finanças se queiram pronunciar; darem os seus "bitaites".

E, já agora, dizerem como deverão as federações desportivas e quaisquer outras entidades públicas, ou com estatuto de utilidade pública desportiva, comportar-se no futuro. 

A não ser que a FPF já esteja a pensar, nesta altura, em contratar um seleccionador "pro bono" para substituir Fernando Santos, reservando para os filhos os dividendos.

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