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Delito de Opinião

Das prioridades no cumprimento das promessas

José António Abreu, 19.06.15

Nas eleições legislativas portuguesas de 2011, Passos Coelho admitiu que os anos seguintes seriam difíceis mas prometeu não efectuar cortes adicionais aos já anunciados. Quebrou a promessa, com a justificação de que nas contas do Estado existiam buracos escondidos (as empresas públicas, por exemplo) e de que a alternativa seria pior para os portugueses. Apesar das perspectivas serem hoje menos más do que as existentes na altura, é constantemente acusado de ter mentido. Nas eleições legislativas gregas de 2015, Tsipras prometeu repor cortes já efectuados e impedir cortes adicionais, melhorando dessa forma a situação dos gregos. A economia grega está hoje pior do que estava há seis meses (ver relatório do Banco Central da Grécia, que a - mui democrática - presidente do Parlamento devolveu, classificando-o como «inaceitável») e os gregos encontram-se no limiar do colapso financeiro mas muitos dizem que ele falou verdade e cumpriu todas as promessas feitas.

4 comentários

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    Vento 19.06.2015

    E traduzindo para português, veja aqui o que um "garoto" é capaz de mostrar saber aos "adultos" do Eurogrupo:

    http://economico.sapo.pt/noticias/varoufakis-diferenca-face-aos-credores-e-demasiado-pequena-para-justificar-um-impasse-perigoso_221435.html
  • Se a diferença é "demasiado pequena", porque não a percorre ele?
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    rmg 19.06.2015


    Porque não é pequena a não ser na conversa dele (*) e na dos que acreditam em tudo o que os jornais portugueses dizem que ele diz porque, como dizía o ensaísta francês Joseph Joubert “Quantas pessoas não são abstractas senão para parecer profundas!”

    A diferença vai muito para além dos grandes números e está nos pequenos pormenores, está bem espalhada aí pelas edições on-line de jornais de todo o mundo mas admito que ler e citar só o que nos convém seja um modo de vida (e de morte).

    (*) O sr. Varoufakis não o pensa e isso está claro em entrevistas recentes que não apareceram cá mas qualquer idiota sabe (bem "quase qualquer idiota"), que neste momento é a fuga em frente pois está a chegar o momento de ser ou o herói ou o bandido lá para os concidadãos dele.

    E se fôr o herói pois ainda bem para os gregos.
    E se fôr o bandido não vai haver candeeiros que cheguem para o "pendurar" (é uma imagem , claro, mas é uma frase que já se ouve nas ruas de Atenas).

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