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Delito de Opinião

Da tristeza

Teresa Ribeiro, 09.07.15

Nos tempos que correm vigoram leis de comportamento muito rígidas. Quem faz questão de alinhar o pensamento pelas tendências da moda Primavera/ Verão e Outono/ Inverno dos últimos anos não pode ser pessimista, nem velho, nem inseguro, nem piegas, nem triste. De todos estes ditames o que mais me incomoda é o que proibe a tristeza.

No esforço por sermos optimistas até reconheço um efeito terapêutico. É assim uma espécie de pilates para a amígdala. A negação do envelhecimento, não sendo das atitudes mentais mais saudáveis, tem efeitos colaterais coloridos que não trazem mal ao mundo. O combate à insegurança e à pieguice admito que pode fazer muito pelo nosso tónus emocional, mas a tristeza, senhores? A tristeza é uma necessidade. E é uma necessidade porque representa sempre um luto. O luto de uma alegria que nunca se chegou a ter ou que se perdeu.

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