Da estupidez na política
Foto: Leonardo Negrão / Global Imagens
Quem pôs fim à geringonça foi primeiro o BE, ainda em 2019, e depois o PCP, a reboque do anterior.
Ambos chumbaram o Orçamento do Estado para 2022, aliados a todas as direitas. Enquanto diziam demonizar o Chega, juntavam os votos a esse partido.
Sabiam todos, por terem sido avisados, que esse chumbo - inédito na democracia portuguesa - conduziria o País a eleições antecipadas.
Não quiseram saber: embarcaram num voo cego ao abismo.
O PS engordou nas urnas - passando da maioria relativa à maioria absoluta.
O Chega multiplicou por 12 o número de deputados.
A bancada do PCP ficou reduzida a metade e perdeu o próprio líder parlamentar, excluído pelos eleitores.
O BE viu partir 79% dos deputados: tinha 19, ficou apenas com cinco.
Bloquistas e comunistas estavam à beira do precipício. Deram um passo em frente. Confirmando o aforismo de Einstein: «Duas coisas são infinitas - o universo e a estupidez humana.»
Costa, sorridente, agradece. E Ventura também.