Costa quase ao nível de Seguro
Valeu a pena António Costa, no rescaldo imediato das eleições europeias, ter desafiado António José Seguro, o secretário-geral legitimado pelo voto dos militantes. Valeu a pena fracturar o Partido Socialista. Valeu a pena ter ocorrido uma longa campanha interna. Valeu a pena militantes e independentes escolherem o "candidato a primeiro-ministro" às legislativas de 2015. Valeu a pena organizar um escrutínio directo para eleger o novo secretário-geral. Valeu a pena convocar um congresso electivo extraordinário para designar a nova estrutura directiva dos socialistas.
E valeu a pena porquê?
Porque, segundo a sondagem de Dezembro do Expresso, o PS agora com Costa ao leme consegue 37,5% das intenções de voto dos portugueses. Ou seja, apenas um pouco menos do que os 38% registados na sondagem de Maio, quando o secretário-geral era Seguro.
Uma "quase-progressão" verdadeiramente extraordinária: sete meses tão intensos e fracturantes para desembocar nisto.