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Delito de Opinião

Convidado: ANTÓNIO AGOSTINHO

Pedro Correia, 12.10.17

 

É fundamental proteger a orla costeira

 

A protecção da orla costeira portuguesa é uma necessidade de primeira ordem. Ninguém duvida de que o processo de erosão costeira assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do nosso litoral continental.

Atente-se no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova [concelho da Figueira da Foz].

Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...

 

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  Foto de Pedro Agostinho Cruz

 

O professor Filipe Duarte Santos, coordenador do Grupo de Trabalho do Litoral, visitou em 2015 o by-pass da Gold Coast, na Austrália, destacando aquela tecnologia como solução para a transposição de sedimentos na barra da Figueira da Foz.

 

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Esta é a posição, há muitos anos, do movimento cívico SOS Cabedelo (que surgiu da urgência em salvar uma onda que é um dos ex-líbris da cidade), que tem publicamente defendido a construção de um by-pass (um túnel para deslocação contínua das areias das praias a norte para as a sul).

Filipe Duarte Santos considera que o caso da Figueira da Foz “é dos mais gritantes” no que respeita à erosão costeira e defende que “não há incompatibilidade entre ter um porto e uma praia que não seja exageradamente grande, como a que existe actualmente”, desde que seja encontrada e posta em prática uma solução. “E não tem nada de extraordinário, basta o transporte das areias a Norte para Sul”, resumiu. Concluindo: “Na Austrália, num caso semelhante mas mais complicado em termos de traçado, a solução do by-pass resultou. O que é preciso é que os poderes públicos tenham em sua posse estudos fiáveis e se disponibilizem a fazer análises de custo-benefício e a implementar a melhor solução."

Na sua opinião, o by-pass fixo é mesmo a melhor resposta a longo prazo. "E Portugal tem uma longa tradição de engenharia costeira."

Ainda no seu entender, “estão reunidas as condições para avançar”, uma vez que, acredita, “há verbas comunitárias” disponíveis.

Então o que tem faltado?

Vontade política e financiamento.

 

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Todavia, em época de campanhas eleitorais, como aconteceu recentemente nos debates que se realizaram tendo em vista as autárquicas 2017, se houve temas abrangentes a todas as candidaturas que se apresentaram a sufrágio, foram a erosão costeira, o porto da Figueira e o by-pass...

 

 

António Agostinho

(blogue OUTRA MARGEM)

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