Convidada: JOANA RITA
Elogios avulso
o pedro correia desafiou-me para escrever um artigo, aqui para o delito de opinião. “quanta honra”, pensei. mais ainda quando me é dada a liberdade para escrever sobre aquilo que eu quiser.
pensei em vários temas: a pós-verdade, o tempo médio de vida das indignações nas redes sociais, a lei do financiamento dos partidos – foram alguns dos temas que me fizeram abrir um documento no word e começar a escrever. desisti dessas ideias, pois julgo que sobre cada uma delas outros irão escrever e com mais propriedade.
resolvi partilhar convosco algumas ideias avulso, em tom de elogio. confesso que estou farta de reclamações: hoje é o bolo-rei em cima do caixote, amanhã são as cartolas na festa do final do ano.
ficam aqui algumas coisas que valem a pena ou, como se diz na minha aldeia, são coisas que “sim, senhor”.
país irmão: se nunca viram, não sabem o que estão a perder
conheci esta série por acaso, julgo que através de um tweet do nuno lopes.
*suspiros*
os diálogos são ricos, o argumento é genial e os planos das cenas são muito bem pensados.
acompanho no rtp play; ainda que passe no canal 1, à segunda à noite, é mais fácil de gerir online.
FB: https://www.facebook.com/paisirmaortp/?fref=ts
RTP PLAY: https://www.rtp.pt/play/p3846/pais-irmao
fugiram de casa dos seus pais: um programa de tv que podia ser um podcast
o miguel esteves cardoso (mec) inspirou-me muito, quando era mais nova. achava-o irreverente, devorava os seus livros. há uns anos a sua escrita deixou de ter sentido para mim e continuei a viver agarrada aos livros de outros tempos. quando soube que ia haver um programa de televisão, de conversa, entre o bruno nogueira e o mec: awwwwww. expectativas ao alto. no dia da estreia sentei-me no sofá, em frente à televisão. e depois percebi que o programa era muito bom, sim. para ouvir em podcast. enquanto arranjo o almoço ou lavo a loiça > rtp play > e ouvir.
RTP PLAY: http://www.rtp.pt/play/p4131/fugiram-de-casa-de-seus-pais
também os brancos sabem dançar: um romance que dança com a palavras
sou apaixonada pelos buraka som sistema e pela voz do kalaf. Em tempos li uma entrevista dele, à revista LER, e fiquei fascinada com o seu discurso. numa das últimas feiras do livro, em Lisboa, ganhei coragem e comprei um livro seu, que era um compêndio de crónicas. o kalaf estava lá e eu pedi-lhe um autógrafo. sim, senti aquela coisa de ai ai ai está ali a minha crush.
também os brancos sabem dançar é um romance embrulhado em amarelo, que cheira a kizomba e a funaná. a leitura é um conjunto de passadas que misturam movimentos mais antigos e as coreografias mais contemporâneas que invadiram as pistas de dança, recentemente. é para ler. e dançar, pois.
(o livro publicado na Caminho, em 2017)
@ joana rita
slow j: ainda sobre palavras e brancos que sabem rimar
conheci o slow j no festival super bock super rock, há dois anos.
num palco pequeno, com o fred ferreira, surgia um rapaz tímido com uma voz quente e a atitude de quem só quer fazer o que gosta, da melhor forma possível.
2017 trouxe-nos the art of slowing down e esta música, CASA. “esse é o meu fado, esse é o meu semba” – e foi assim que slow j me conquistou. definitivamente.
© marco almeida, para musicfest.pt
* escrevo em desacordo com o AO90
Joana Rita
(blogue ALL ABOUT LITTLE LADY BUG)