Com amigos destes...
"Li-o em diversos jornais e revistas, entrevistei-o na SIC e em vários jornais mais de uma vez, acompanhei-o em manifestações cívicas, estive ao seu lado em celebrações religiosas, fiz a sua “apresentação” nalguns fóruns e eventos. Em suma: conheço-o de há muito e da primeira fila.
Por isso cedo me apercebi de algumas debilidades na ossatura da sua personalidade. E cedo alcancei que elas poderiam por vezes fazer gripar o motor do seu carácter. É que, com o mesmo brilho e a mesma velocidade, Marcelo era capaz de dizer tudo e o seu contrário, ser tudo e o seu oposto, sem nunca estar inteiramente comprometido com nada (a sério, só com Deus, já lá irei)."
Um tipo depois de ler isto, e o resto do texto de Maria João Avillez, que o conhece de ginjeira, fica a pensar se será possível à esquerda haver alguém que a ultrapasse pela direita. O Observador, sem saber, prestou um serviço público. Temo que o único conselho que daqui posso dar ao candidato Marcelo, para ele não ter de repetir aquela rábula do mergulho no Tejo, é sugerir-lhe que peça uma prancha ao McNamara e entre por uma daquelas ondas do canhão da Nazaré antes de dia 24. Se não for assim, corre o risco de não evitar a segunda volta com um dos outros marretas.