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Delito de Opinião

Chagas Freitas

jpt, 05.08.22

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Leio nas "redes sociais", enviam-me por WhatsApp, anda na imprensa, múltiplos resmungos e sarcasmos porque o escritor Chagas Freitas foi recomendado para uma selecção de leituras europeias pelo pessoal da REPER. Nunca li, recuso-me a contestar - até porque amigos me desafiam a isso - alguém que nunca li (lembro-me dos "jovens turcos" liberalóides que sobre Saramago escreviam, orgulhosos de serem imbecis, "não li e não gosto").
 
Até porque a questão, se é que esta existe, é bem diferente. E ninguém a põe, claro. E até é simples: até que ponto é curial que o pessoal técnico-diplomático possa usar as suas funções estatais para recomendar agentes culturais portugueses segundo os critérios dos seus gostos? Seja Saramago seja Chagas Freitas. Mas discutir isso é muito mais complicado do que a auto-encenação da erudição própria, avessa ao que o cânone não reconhece.
 
(Será de ler este artigo de José Riço Direitinho - pois nele constam duas coisas necessárias: como evitar estas coisas. E, ainda mais importante, pontapeia o insuportável "Principezinho", unanimemente aclamado e com o qual Chagas Freitas foi comparado).

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