Certos hábitos nunca mudam
Há 18 anos que votava sempre no mesmo local: a escola secundária do Lumiar, em Lisboa. Hoje foi diferente: esta manhã votei na escola básica do Bairro de São Miguel (freguesia de Alvalade). Mudou o cenário, mudou também a afluência. Cerca das 10.30 havia grandes filas de votantes. Esperei quase dez minutos para pôr a cruzinha no quadrado impresso no boletim de voto: há pelo menos duas décadas que não via tanta gente disposta a exercer este direito/dever que custou tanto a conquistar.
Mas há coisas que nunca mudam. Já com o boletim de voto na mão, num gesto mecânico, ia agarrar na esferográfica ali colocada sobre a prancheta. Mas detive-me: levo sempre a minha caneta nestas ocasiões e foi a ela que recorri, uma vez mais. Nunca se sabe que dedos já tocaram na outra. Podem até influenciar as opções de voto de qualquer um.