Celebração da vida
Imagens do facebook da editora Manuscrito
Gostei muito de passar pela Central Tejo ao fim da tarde de segunda-feira e ver a ampla sala cheia de amigos e admiradores do Pedro Rolo Duarte na sessão de apresentação do seu livro póstumo - e "o melhor", como bem salientou Miguel Esteves Cardoso. Um livro que teve como cuidadoso zelador o António Maria, filho do Pedro.
«Este é um livro da celebração da vida, da amizade. É o livro do Pedro vivo, não é o livro do Pedro morto», disse o MEC. E disse muito bem.
Foi uma bonita homenagem a um jornalista que bem conheci e que o destino roubou depressa de mais ao nosso convívio. Lá estavam políticos e artistas e profissionais da comunicação - gente que se foi cruzando com ele ao longo de 35 anos de vida em redacções e estúdios - o Pedro, filho de jornalistas, começou muito cedo nestas lides, que já transportava nos genes.
Gostei de muito de ouvir o que disseram o Miguel, o João Gobern, a Sónia Morais Santos e o próprio António neste lançamento de Não Respire. O Pedro, seguramente, também teria gostado deste convívio que congregou pessoas tão diferentes e variadas - muitas das quais só se reuniriam no mesmo espaço numa ocasião irrepetível, como esta foi.
Comecei entretanto a ler Não Respire. E recomendo. Daqui envio um caloroso abraço ao António Maria e à Sofia Monteiro, editora da obra, que tem chancela da Manuscrito.
«Podia ser um livro de adeus. Mas não: é um livro de até já.»
Palavras do António que o pai certamente gostaria de escutar. Entre um sorriso pronto a rasgar-se e uma lágrima teimosa a escorrer-lhe no rosto.