Câmara Municipal de Lisboa e o Dia D
— Lisboa (@CamaraLisboa) June 6, 2019
75 anos do Dia D. Pelo sim, pelo não, mantenha-se afastado das praias e desfrute dos parques, alamedas e jardins de Lisboa. Bom dia.#gestorporumdia pic.twitter.com/zj3kpLW6SE
Um comentário no postal "Heróis" do Pedro Correia deu-me a conhecer esta colocação no sítio da Câmara Municipal de Lisboa no twitter. Não sei qual é o estatuto jurídico de uma conta nas redes sociais de uma autarquia ou de qualquer organismo estatal. Mas, de facto, essas contas assumem o papel de representação. Nem sei quem faz a sua gestão - um funcionário autárquico, um avençado sub-remunerado familiar de alguém do "partido", um (ex-)"jotinha", um jornalista anónimo amigo dos bloguistas do "Jugular", um avatar do deputado Carlos César, sei lá que mais ... Mas sei que esta é a forma como a câmara da minha cidade comemora os 75 anos do Dia D. Não é particularmente relevante, dos tuítes não reza a história, e esta falará da era Medina pelas aventuras do arquitecto Salgado e quejandos, não por minudências destas. Ainda assim, e porque me irritou a infra-cultura PS remunerada pelo Estado deixei lá, na referida conta, o meu contributo etnográfico, proveniente da mais pura cultura alfacinha: um curto "foda-se", mais do que merecido (que me perdoem os olhos mais sensíveis que por aqui passem).
Respondeu-me o Estado, na versão autárquica, bloqueando-me o acesso ao seu guichet no twitter. Repito, não conheço o estatuto jurídico das contas nas redes sociais das autarquias e doutros organismos estatais. Mas sorrio ao ver o tal Estado, medinesco, a abandalhar a memória dos Aliados (será a actual edilidade germanófila?) e a barrar quem se irrita com isso. "Sorrio" é como quem diz, repito os palavrões. Os devidos a este "comboio descendente", ali de Queluz à Cruz Quebrada, todos à gargalhada, uns por verem rir os outros, e os outros sem ser por nada, ou apenas por um tweet ou outro. Deste calibre.