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Delito de Opinião

As reacções ao discurso de Cavaco Silva

jpt, 23.05.23

paulo_raimundo_sg

Cavaco Silva fez um discurso muito crítico do governo e do (actual) PS. À esquerda as reacções foram iradas. Por um lado as habituais convocatórias socialistas ao silêncio de Cavaco Silva, fundadas no seu estatuto de ex-presidente - nenhum desses mariolas se quer lembrar que Mário Soares continuou a sua carreira política, discursiva e eleitoral, após os seus dois mandatos presidenciais. Alguns galambistas vieram clamar contra o conteúdo moral das palavras de Cavaco Silva: o novo Ana Catarina Mendes indexou-as à frustração do ex-presidente por não ter popularidade. E um tal de Azevedo, decerto que emanado da cultura das "redes sociais", quis reduzi-lo a um discurso de "raiva e ódio" (hate, como naquelas se diz).

Mas mais interessante, pois inovadora, foi a reacção do agora secretário-geral do PCP, Raimundo. O sucessor de Cunhal, Carvalhas e Sousa, ripostou tentando ser algo elíptico, "diluindo" Cavaco num indito - por não discriminado - colectivo de políticos "de direita". E mandando-os, lá em Baleizão, para a barriga das mães deles. Ou seja, e falando como nós povo, os operários, camponeses, desempregados, pequenos empresários, funcionários empobrecidos, etc, -a reclamada base social daquele partido - mandou-os, de facto, "para a cona da mãe".

É a isto que baixou o PCP.

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