As autárquicas 2025 em Porto de Mós
A campanha aqui por Porto de Mós tem andado muito calma, especialmente se comparada com a de há quatro anos. O terceiro mandato de Jorge Vala, pelo PSD, parece ser uma inevitabilidade. Já aqui tinha reportado que os elogios à sua governação alargam-se até ao candidato da CDU.
Foram realizados três debates entre os candidatos à Câmara, sendo que o candidato do PS compareceu apenas no terceiro. Assisti ao mesmo durante uns minutos via Facebook e reparei que Fernando Gomes (tive de fazer agora uma pausa para ir procurar o nome dele, uma vez que ainda não o memorizei) repetiu várias vezes a palavra “lunático”, normalmente na incluída na frase “e eu é que sou o lunático!”. Mais tarde li um comentário de alguém que se deu a esse trabalho e contou 22 repetições dessa expressão. Se não soubesse qual o candidato de cada partido, diria que era Fernando Gomes que se apresentava pelo Chega e não o motorista de pesados e organista de bailes Licínio Ferraria. A promessa eleitoral mais proeminente do PS é fazer o que ainda não foi feito. Segundo esse comentário que li, os dois primeiros debates terão sido os que correram melhor ao candidato socialista.
Acreditando nos mentideros, Fernando Gomes, autoproclamado empresário de sucesso, com a esposa e filhos a viver em Amsterdão, terá sido imposto pela distrital do partido. No primeiro momento seria o candidato à Junta da Mira de Aire, mas muito rapidamente foi lançado para a Câmara.
A Iniciativa Liberal irá pela primeira vez concorrer à Câmara e à Assembleia. Para a Junta de Freguesia, e pelo que me recordo, concorre apenas em Mira de Aire. O candidato à Câmara é Marcos Ramos. Compareceu em todos os debates mas só neste último é que foi possível constatar que a sua candidatura é uma afronta a quem gosta de caracterizar a IL como o partido dos ricos e burgueses, uma vez que, olhando para todo o espectro político, é o único que não apresenta uma barriga saliente.
Uma nota final para outro debate, o da Junta da minha Freguesia do Juncal, onde, às páginas tantas, o candidato do PS sentiu necessidade de dizer “nunca fui do PS” acrescentando que está simplesmente a concorrer sob a sigla do PS. Não sei se o disse de forma consciente e deliberada ou simplesmente espontânea, mas permitiu-me confirmar a dinâmica de perda do partido que há muito pouco tempo nos governava com uma maioria absoluta.
Quarta-feira passada houve porco no espeto, imperial e vinho em box à frente do Salão Paroquial, por conta do PSD e hoje será no Parque Verde, servido pela lista que se candidata sob a sigla do PS.
Adoro eleições autárquicas.

