Aprender como (não) se faz
Os exemplos devem vir de cima. Mas convém que os espanhóis duvidem das boas práticas daqueles que pretendem pastoreá-los. Como se não bastasse haver três membros do Governo infectados com o coronavírus, além da própria mulher do presidente do Executivo, agora até o director do Centro de Coordenação de Alerta e Emergência Sanitária, Fernando Simón, ficou de quarentena por ter sido declarado portador de Covid-19.
Vários dos habituais protagonistas das conferências de imprensa diárias sobre a pandemia emitidas a partir do Palácio da Moncloa têm revelado inoportunos assomos de tosse. Pior ainda: por vezes esquecem-se por completo de cumprir as normas sanitárias que eles mesmo proclamam. Aconteceu com o director-adjunto da Polícia Nacional, José Ángel González, que no domingo começou a tossir e de imediato reagiu como a imagem documenta.
Hoje aconteceu o mesmo, também na Moncloa, ao general Miguel Villarroya, chefe do Estado Maior do Exército. Confirma-se: os maus hábitos são contagiosos do lado de lá da fronteira.
Já recomendava o Frei Tomás: façam o que ele diz, não façam como ele faz.
ADENDA, às 23.30: José Ángel González, submetido ao teste do coronavírus, acusou positivo. Outra baixa no combate em Espanha. E motivos acrescidos de preocupação a quem estava com ele quando tossiu repetidamente no Palácio da Moncloa.