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Delito de Opinião

Aprender como (não) se faz

Pedro Correia, 31.03.20

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Os exemplos devem vir de cima. Mas convém que os espanhóis duvidem das boas práticas daqueles que pretendem pastoreá-los. Como se não bastasse haver três membros do Governo infectados com o coronavírus, além da própria mulher do presidente do Executivo, agora até o director do Centro de Coordenação de Alerta e Emergência Sanitária, Fernando Simón, ficou de quarentena por ter sido declarado portador de Covid-19

Vários dos habituais protagonistas das conferências de imprensa diárias sobre a pandemia emitidas a partir do Palácio da Moncloa têm revelado inoportunos assomos de tosse. Pior ainda: por vezes esquecem-se por completo de cumprir as normas sanitárias que eles mesmo proclamam. Aconteceu com o director-adjunto da Polícia Nacional, José Ángel González, que no domingo começou a tossir e de imediato reagiu como a imagem documenta.

Hoje aconteceu o mesmo, também na Moncloa, ao general Miguel Villarroya, chefe do Estado Maior do Exército. Confirma-se: os maus hábitos são contagiosos do lado de lá da fronteira.

Já recomendava o Frei Tomás: façam o que ele diz, não façam como ele faz.

 

ADENDA, às 23.30: José Ángel González, submetido ao teste do coronavírus, acusou positivo. Outra baixa no combate em Espanha. E motivos acrescidos de preocupação a quem estava com ele quando tossiu repetidamente no Palácio da Moncloa. 

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