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Delito de Opinião

A voz dos vassalos de Putin em Portugal

Pedro Correia, 25.02.22

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Trechos de uma declaração que João Oliveira, líder parlamentar do PCP, leu ontem na Assembleia da República:

 

«É hoje evidente que a situação que se vive na Ucrânia não é um problema entre russos e ucranianos. Nem apenas uma disputa de território ou de demarcação de fronteiras. O problema de fundo é o mesmo que já vimos acontecer na Jugoslávia, no Iraque, no Afeganistão, na Líbia ou na Síria. É o problema da utilização do cerco de confrontação e da guerra para impor pela força relações políticas e económicas geradoras de maiores injustiças e desigualdades ou a apropriação de recursos naturais e energéticos. É o problema da utilização da NATO como instrumento desses objectivos. É o problema da subordinação da União Europeia à política belicista dos Estados Unidos e da NATO.»

 

«Vale a pena perguntar a quem serve afinal uma guerra na Europa. Não serve aos ucranianos nem aos russos e nem tão-pouco serve aos restantes povos europeus. Mas serve ao Governo dos Estados Unidos e ao seu complexo industrial ou militar. Quer para desviar atenções de problemas internos quer para assegurar a venda de armamento em larga escala, quer para o aproveitamento económico de uma guerra a milhares de quilómetros das suas próprias fronteiras, o Governo dos Estados Unidos e o complexo industrial militar norte-americano, os verdadeiros interessados numa nova guerra na Europa, estão certamente dispostos a sacrificar até ao último ucraniano ou europeu para a promover.»

 

«Apesar dos orçamento militares dos países da NATO superarem dez vezes o orçamento militar da Rússia, não é expectável que a Rússia, cujo povo conheceu na História colossais agressões, venha a considerar aceitável que o inimigo esteja acampado nas suas fronteiras ou lhe faça o cerco militar por via dum ainda maior alargamento da NATO. Tal como não é expectável que a Rússia aceite que o mesmo resultado seja alcançado por via da acção do regime xenófobo e belicista instaurado na Ucrânia na sequência do golpe de estado de 2014 e que envolveu o recurso a forças nazis e facistas e que nunca até hoje cumpriu os acordos de Minsk. »

 

«No estado em que o conflito da Ucrânia está hoje colocado, a solução da paz só pode ser alcançada travando a escalada da confrontação política, económica e militar da NATO, dos EUA e da União Europeia com a Rússia e contando com o contributo da Rússia para uma solução política e pacífica negociada.»

 

«A União Soviética resolveu a questão das nacionalidades reconhecendo os direitos dos povos e garantindo a paz por mais de 70 anos.»

 

ADENDA: Ao contrário dos portugueses, cúmplices de Putin, os comunistas espanhóis condenam sem reservas a agressão da Rússia à Ucrânia.

2 comentários

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    Pedro Correia 25.02.2022

    Dar à cauda, em louvor do genocida. Foi assim o PCP na sessão de ontem, pela boca dum dos seus dirigentes mais "moderados".
    Parecia o Cunhal a babar-se de júbilo em louvor do abortado golpe contra Gorbatchov em 1991.
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