Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Delito de Opinião

A sapatada do Papa Francisco

jpt, 02.01.20

Sou ateu. Não anti-clerical (e confesso a minha constante estupefacção com colegas antropólogos [e não só ...] que tanto altifalam contra a igreja católica enquanto se deliciam em mimos e enleios com sacerdotes zen new age, mualimos (auto)ditos subalternizados, curandeiros avessos à biomedicina ou outros interlocutores com seres intangíveis ...). Ou seja, vou ateu, torço o nariz às crendices, mas "vive e deixa viver".
 
De Papas pouco sei -.li um pouco de Bento XVI, deu para v(l)er que é um intelectual poderoso. (E já agora que nele falo, julgo que antropólogos [e não só ...] que fazem vida "paperística" a elogiar e a defender alterações identitárias - a identidade como (re)construção social - mas que insistiam e insistem em chamar-lhe Ratzinger deviam ser pura e simplesmente despedidos, por indecência e má figura ..., forma chã de falar de hipocrisia deontológica).
 
Arrazoado botado, avante. A história das instituições (todas) é o da inculcação que procuram. Também o é a da igreja católica. E inculcar o respeito é o básico. Ao ver a sapatada que o Papa Francisco deu àquela crente impertinente aplaudo, de pé. Nesse pequeno gesto, decerto que enfastiado e um pouco irado, Francisco mostrou a sua infalibilidade papal, nesta magnífica lição de "tende juízo". E deixou claro que não há pingo de santidade em aceitar a impertinência imbecil. Aprendamos com o Papa o que é de aprender.
 
Que o Deus dele (e de tantos de vós) o proteja.

14 comentários

Comentar post