A reversão do património cultural africano
O partido LIVRE - do historiador Rui Tavares (ex-coligação trotskistas/estalinistas/maoistas) e do advogado Sá Fernandes (ex-candidato do MDP, ex-membro do governo PS, aquele partido do "socialismo democrático/social-democracia") e que como tal diz surgir com a inovação de ser esquerda que nada tem a ver com o marxismo - acaba de propor a devolução do "património cultural" aos países africanos.
Eu sou tintinófilo. E como tal nada me choca a ideia. Cresci com ela. [Sim, eu sei que há antropólogos aldrabões e outros funcionários públicos intelectuais ignorantes que dizem ser Tintin obra racista, bem demonstrando a sua desonestidade demagógica]. Só me pergunto a que dinâmicas externas e internas é que responde esta proposta parlamentar e quais as condições da sua realização. Pergunto-me e respondo-me. Isto é demagogia pura do advogado Sá Fernandes e do historiador Rui Tavares. E da tralha restante que os acompanha. Entenda-se, entre outras coisas, trata-se de (mais) um advogado aldrabando na vida pública.
E mais, para não entrar em detalhes mais "técnicos" e políticos sobre esta questão do património e da museologia: o Partido LIVRE (dos tais importantes e ponderados cidadãos, em especial do referido Ilustre Causídico) quer comissões de devolução desse património constituídas por "activistas antiracistas". O Dr. Ba, deles compagnon de route, propôs há tempos a instalação de "policiamento comunitário" nas cidades. Agora o dr. Sá Fernandes e o historiador Tavares avançam com a ideia da activação de "comissários políticos".
E a gente não os pode insultar. Tem até que os tratar como "democratas". Há até gente que lhes soletra os nomes. E há mesmo quem respeite, tipo "Doutor Sá Fernandes". Que gente ...