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Delito de Opinião

A rapariga dinamarquesa

Helena Sacadura Cabral, 17.01.16

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Apesar de não muito empenhada - não estou nada em clima de dramas cinematográficos - fui ontem arrastada para ver A Rapariga Dinamarquesa. Embora toda a gente dissesse maravilhas do filme, não me apetecia ir vê-lo. Ainda bem que fui, porque obriga a pensar nos nossos preconceitos. Mas que levei um murro no estômago, isso, levei. 

Ainda que o protagonista - Eddie Redmayne - e o realizador - Tom Hooper - sejam ingleses, a película é americana e o ambiente que ali se vive é marcadamente nórdico. Aliás, a principal figura feminina, Alicia Vikander, nasceu na Suécia

A história, muito bem contada e maravilhosamente interpretada  - é difícil saber qual dos dois principais intérpretes é melhor - aborda um tema, ainda hoje muito pouco falado, quase tabu, que é o da transexualidade. 
Senti-me várias vezes transportada aos ambientes bergmanianos e creio que isso não tenha sido um puro acaso. Há naquela história, na forma como o realizador mexe a máquina, algo de Bergman.
A película, baseada no livro de David Ebershoff, com o mesmo título, é uma marcante história de amor inspirada na vida de Lili Elbe e Gerda Wegener e quer realizador quer intérpretes receberam já vários prémios. 
Filme a não perder, para abrir a nossa mente. Mas vá preparado com lenços de papel. Eu, que sou duríssima neste tipo de fitas, fiquei com um nó na garganta que levou algum tempo a desfazer! 

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