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Delito de Opinião

A política não é para aprendizes

Pedro Correia, 05.05.19

Os partidos da oposição - com destaque para o PSD - acabam de oferecer a António Costa o melhor dos troféus: o da responsabilidade orçamental, demarcando-o da esquerda que ainda não aprendeu a fazer contas.

No actual contexto de campanha eleitoral para as europeias, confrontado com sondagens pouco animadoras, Costa precisava com urgência de surgir aos olhos dos portugueses como um dirigente moderado e "centrista". PSD e CDS fizeram-lhe a vontade numa farsa em dois tempos com epicentro na Assembleia da República: na sexta-feira, uniram-se à esquerda radical na questão da contagem do tempo de serviço dos professores; ontem e hoje, acossados por Costa e certamente pressionados pelo Presidente da República, saltaram dessa carruagem, desautorizando os seus deputados e dando de si próprios uma imagem de penosa incompetência. Enquanto Pires de Lima, ex-braço direito de Paulo Portas no CDS, se atira a Assunção Cristas, personalidades do PSD como Pedro Duarte e Luís Montenegro não poupam nas justas críticas a Rui Rio. E Marques Mendes, na SIC, acaba de reconhecer o óbvio: «António Costa teve talvez a melhor prestação desde que é primeiro-ministro.»

A política não é para meninos. Nem para aprendizes.

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