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Delito de Opinião

A ler

Sérgio de Almeida Correia, 22.03.21

 

"Portugal tem obrigações, quer históricas, quer de direito internacional, para com Macau, cabendo-lhe exigir à China que os residentes de Macau, portugueses (quase 200 mil nacionais), chineses ou de outra nacionalidade, continuem a viver segundo regras e valores similares aos de Portugal e de países europeus.

 

Na sequência do que também aqui se escreveu, no Público, uma reportagem e um texto bem esclarecedor de Jorge Menezes, de onde foi retirado o excerto acima transcrito.

Quanto à reportagem sublinho a seguinte passagem: "Em sentido contrário, um outro jornalista em Macau conclui que, pela sua passagem por vários órgãos de comunicação social do território, há mais liberdade de imprensa agora do que antes de 1999. Por outro lado, "os jornalistas na RAEM têm sido sujeitos aos constrangimentos habituais da profissão e qualquer jornalista deve saber lidar com pressões legítimas". Também não se quis identificar".

Curiosamente, não obstante esse aumento da liberdade de imprensa que o entrevistado defende, não deixa de ser estranho que quem o enfatizou não tivesse esclarecido se entre essas pressões legítimas se incluem as tais directivas da Administração da TDM, sendo ademais enigmática a razão pela qual tenha preferido ficar no anonimato até quando se tratava de elogiar quem manda, o que inviabiliza a sua promoção e um eventual aumento dos seus proventos.

De salientar é, ainda, a coragem da Associação de Jornalistas de Macau, que congrega os profissionais de língua chinesa, que veio dizer não serem os jornalistas "meros instrumentos de propaganda dos meios políticos", deste modo marcando assinalável contraste com o comprometido silêncio das autoridades portuguesas com responsabilidades sobre Macau e dos dirigentes dos partidos políticos com assento parlamentar que estão habituados a excursionar com todas as mordomias pelo Império do Meio.

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