A greve da função pública
Em pleno Cais do Sodré os meus intuitos ferroviários de aceder ao oeste são abalroados, surpreendido que sou pelos efeitos de uma greve da função pública a muito atrasar os comboios - numa sexta-feira "ponte"?, estes sindicalistas aburguesados não têm pingo de vergonha!
Pai assim pesaroso, recuo a Sul do Tejo. Mas antes tomo balanço, e já que aqui cruzo a praça até este British Bar. Ao qual não vinha há anos - julgo que ainda se fumava, mas de resto parece-me igual ao que sempre foi, aleluia - pois local que só frequentava com amigos de Maputo por cá passando, velha tradição de muitos que de lá vieram. Alguns deles já ausentes... Por isso peço uma imperial, que já passa do meio-dia. E ingurgito-a com o Kok Nam, com o Paulinho Gentil e também, já agora, com o Jorginho Ramos ainda que aqui nunca tenha estado com ele. E mais um ou dois, estes dos que ainda cá andam.
E por isto, por esta inesperada companhia, digo, e apesar de tudo, "joe, ainda bem que houve greve". Pago, mais do que em Palmela ou nos Olivais. E ala, que se faz tarde...