A farsa repete-se como realidade
Em "O Bem Amado" não havia meio de alguém morrer na cidade fictícia de Sucupira para se poder inaugurar o cemitério que o Prefeito Odorico Paraguaçu, acolitado pelo incondicional Dirceu Borboleta, tinha mandado construir. Em Portugal, uma espécie de Sucupira real mas em ponto maiorzinho, desde que Marcelo anunciou as comendas para os futebolistas, ainda não parámos de ganhar títulos desportivos. Marcelo é um Odorico Paraguaçu ao contrário. Vê-se sem mãos a medir para distribuir comendas da mesma forma que ao Prefeito de Sucupira escasseavam defuntos. E nem lhe falta o acólito Borboleta, agora interpretado por Costa, o Primeiro. Em matéria de ridículo, a realidade parece encarregar-se uma vez mais de superar a ficção.