A ética da responsabilidade
Portugal continua a ser o país do mundo com mais mortes e mais novos casos de Covid-19 por milhão de habitantes.
Vivemos num filme de terror - adiando decisões urgentes que acabam por ser tomadas tarde e a más horas. Em questões tão diversas como o encerramento das escolas, o fecho das fronteiras ou a retirada de circulação das chamadas máscaras comunitárias, que - elas sim - incutem uma falsa sensação de segurança perante as novas estirpes do coronavírus, ao ponto de já terem sido proibidas em países como Alemanha, França e Áustria.
Devemos questionar-nos: se chegámos a este triste primeiro lugar mundial, quem falhou?
Terão sido os especialistas técnico-científicos, que aconselharam mal, ou os decisores políticos, que não os escutaram devidamente e não agiram em conformidade?
Se foram os primeiros, porque continuam a ser consultados?
Se a falha vem dos decisores políticos, porque se mantêm em funções?
Impressionante, esta negação absoluta da ética da responsabilidade.
Com 11 pessoas a morrer por hora de Covid-19, questiono-me se uns e outros conseguirão dormir todas as noites.
ADENDA - Um abraço comovido e solidário ao José Meireles Graça.