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Delito de Opinião

A demagogia e os seus apoiantes

jpt, 31.10.22

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Vejo este naco de programa do "Expresso" e fico estupefacto com a desfaçatez (justifica-se ver o breve trecho que liguei). O locutor, dirigente do PS, recupera o tópico de que Passos Coelho mandou os portugueses emigrar - algo que nasceu de uma sua resposta a uma entrevista sobre professores partindo para Angola (e outros países africanos). Eu na época era professor em África, muito me interessei sobre o assunto e fui ver o que o PM havia dito. E era a óbvia a deturpação que lhe faziam (sobre isso escrevi "Passos Coelho e a emigração dos professores", e "O novo mergulho do Tejo" - a propósito de Rebelo de Sousa ter "surfado" essa deturpação demagógica -, e um texto em que procurei analisar as razões de tamanha aldrabice generalizada, "O Emigrão").
 
Enfim, o que este tipo, dirigente do PS, agora diz na tv é uma vergonha: há uma década os portugueses eram obrigados pelo governo a emigrar, agora a emigração portuguesa é virtuosa. Mas é tão escandaloso, no conteúdo e na forma, que tive de ir pesquisar quem é este indivíduo a que o jornal "Expresso" dá voz. E nisso concluo:
 
eu tenho familiares e amigos simpatizantes do PS. E ao longo da vida conheci muitos simpatizantes, alguns militantes e até um ou outro dirigente da "nuvem socialista". E faz-me sempre imensa confusão como é que não têm vergonha disto, deste tipo de gente (e bem azedei nisso durante o longo socratismo). Não só por estas vergonhosas declarações. Mas também devido a quem se trata. Pois este demagogozito - que irá longe, não haja dúvidas -, chama-se João Torres, foi este ano eleito secretário-geral do PS com 93% dos votos. Ou seja, os simpatizantes, militantes e até dirigentes a que aludo são este tipo, aprovam-no efusivamente. E para além desta tralha que tem não vergonha de ir dizer ao "Expresso", este João Torres foi aquele secretário de Estado do governo anterior que quis contratar um seu querido e mui especial amigo, um viril capitão, como motorista pessoal. Coisa que o Exército terá negado, recusando o destacamento do seu oficial para tais funções, mas não posso aventar as razões para tal decisão.
 
É este rapazinho (à falta de melhor termo) que 93% dos "simpatizantes, militantes e até dirigentes" escolhem como secretário-geral adjunto. E aplaudem-no, apoiam-no. Nele confiam. Nestas asneirolas que diz na tv. E em tudo o resto...

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