A corte
Encontro em Monsanto de António Costa
com personalidades independentes da cultura e do desporto
Quando li numa notícia a frase de Rosa Mota e os gorjeios do Valter Hugo Mãe em Monsanto, então aflorados aqui no blogue pelo José e hoje pelo João Pedro Pimenta, recordei-me logo do seguinte naco de prosa publicado há meses no Luta Popular:
"O governo fascista de António Costa trata os artistas e os trabalhadores da cultura abaixo de cão. Claro que há os artistas da corte, os pimbas e os versejadores da corte. Não nos referimos a esses vendidos."
O Luta Popular pode ser uma leitura divertida pela alucinação dos seus redactores, mas ser-se alucinado não impede que não se acerte, ocasionalmente, no alvo: "corte" é uma descrição perfeita do que sempre tem rodeado o PS. Primeiro, temos a corte de eternos "independentes" que apoiam qualquer líder socialista, em alguns casos até apresentando-se nas listas de candidatos para, quando eleitos, cederem o lugar a um dos anónimos funcionários do partido. Depois, há a corte da Cóltura, sempre disposta a servir de flor na lapela dos líderes do PS. Este beija-mão a Costa, feito por esta corte cóltural, não é mais do que uma reencenação de vários outros do passado - como em 2011 a José Sócrates.