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Delito de Opinião

A suspensão da UBER

Helena Sacadura Cabral, 30.04.15

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A Uber é uma empresa tecnológica, com sede nos Estados Unidos da América e que entrou em Portugal em Julho de 2014.

Actualmente disponibilizava dois serviços: o UberBlack e o UberX. O primeiro era considerado o segmento de luxo, porque só funcionava com carros de gama alta, como Audi A6, BMW série 5 ou Mercedes Benz Classe E.

A tarifa base deste serviço era de dois euros, a que se somava 30 cêntimos por minuto e 1,10 euros por quilómetro. No mínimo, uma viagem custava oito euros. Quem quisesse cancelar este serviço, pagava a tarifa mínima do serviço.

O UberX era o serviço low-cost da empresa, que começava com uma tarifa base de um euro, em carros Volkswagen Golf, Opel Astra ou Seat Leon. À tarifa base, acresciam 10 cêntimos por minuto e 65 cêntimos por quilómetro. No mínimo, teria de pagar 2,50 euros pela viagem. Se quisesse cancelar o serviço, pagava a mesma tarifa mínima.

A empresa foi proibida de operar em Portugal e, em menos de 24 horas, milhares de pessoas manifestaram-se contra a decisão.

Pessoalmente gostava de perceber quais as razões que levaram a tal decisão e que grupos de pressão nela estarão interessados, já que só recorria a este serviço quem queria e a qualidade do mesmo era inquestionável. Sobretudo num país onde o grau de sujidade dos táxis é lamentável, e não sofre a fiscalização por parte das autoridades sanitárias que o seu estado e funcionando em continuo justificaria. Nomeadamente face aos preços praticados...

Das copiosas greves dos transportes

Teresa Ribeiro, 11.12.13

Não posso respeitar os grevistas cujo poder negocial depende essencialmente dos transtornos que provocam na vida dos outros e que não hesitam em jogar por sistema com esse factor de pressão. Isso já não é o exercício de um direito, é falta de civismo e de solidariedade para com os outros trabalhadores. Dia 19 há mais uma greve a somar a um rol impressionante

A casta está outra vez em greve

Teresa Ribeiro, 21.02.12

Há anos que me perguntava por que diabo não se divulgavam os privilégios e as tabelas salariais dos trabalhadores das empresas de transportes públicos. É que ao fim de décadas de reivindicações constantes eu desconfiava que há muito a luta destes trabalhadores tinha deixado de ser justa e que as suas sucessivas greves eram sobretudo manifestações abusivas de poder, tanto por parte das centrais sindicais, que só no sector público o têm, como por parte dos trabalhadores, que sabem que cada uma das suas paralisações paralisa também o país.

Há muito que adivinhava que o impacto público da divulgação das tabelas salariais e regalias desta casta, que de cada vez que entra em greve lixa a vida aos outros trabalhadores, seria enorme. Custou esta informação chegar aos jornais (ver hoje manchete do DN), talvez porque discutir os direitos dos trabalhadores é tabu. Fizeram mal. Se há reivindicações que devem ser bem escrutinadas são as dos sectores que podem, como este, chantagear as empresas que lhes pagam com o dinheiro dos contribuintes.

Começassem estas informações a constar mais cedo e talvez se tivesse evitado o descalabro. Mas faltou tudo nesta história: ética, competência e coragem. Agora bem podem limpar as mãos à parede. Está a acabar-se a mama. Pelo menos assim o espero.

Transportes públicos? (56)

João Carvalho, 16.02.12

 

Não. Parece que não. Esta pré-rotunda desnivelada para melhor circulação dos transportes nos arredores de Viseu não está para avançar. O ministro Miguel Relvas apelou ontem aos autarcas para que parem com as obras de fachada e para que se centrem nos dramas da crise. Portanto, a pré-rotunda vai aguardar por melhores dias e o engarrafamento permanente no entroncamento da foto continuará a impedir o desenvolvimento nacional por tempo indeterminado...