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Delito de Opinião

Grécia antiga (32)

Pedro Correia, 25.06.15

«Estamos perante uma ruptura na política europeia. O Governo grego já disse: "O nosso interlocutor não é a tróica, são os estados-membros e as instituições europeias." É uma transformação importante: deixou de haver uma hegemonia na forma como estava a ser governada a União Europeia.»

Pedro Adão e Silva, na TSF (31 de Janeiro de 2015)

Grécia antiga (31)

Pedro Correia, 24.06.15

«A Europa necessita de alternativas concretas em termos de políticas, de personalidades e cultura partidária. Daí entender essencial uma vitória do Syriza. (...) A família socialista poderá ver no exemplo grego a prova que afinal é possível regressar a alguns dos pressupostos tradicionais dos ideários sociais-democratas, e ganhar eleições, ser governo, ser poder.»

José Reis Santos, no Diário Económico (16 de Fevereiro de 2015)

Grécia antiga (30)

Pedro Correia, 23.06.15

«É necessário olhar para a realidade grega e constatar que o programa de "ajuda" à Grécia afundou o país, fracassou e tem de ser radicalmente revisto, sob pena de se transformar um programa de ajustamento num puro diktat, em que a violência e o poder dos credores se substitui à razão e ao diálogo. Enquanto isto não acontecer, o radicalismo que nos deve preocupar não é seguramente o do Syriza.»

João Galamba, no Diário Económico (2 de Fevereiro de 2015)

Grécia antiga (28)

Pedro Correia, 19.06.15

«Como a prioridade de Alexis Tsipras é vencer o braço de ferro com Merkel e não quer, no meio de uma dura negociação com a troika, dar o poder de desempate ao seu aliado, escolheu o Anel. Os adversários do novo Governo grego apressaram-se a exibir a contradição. Não percebem que ela desmente as suas duas apostas: nem Tsipras dá sinais de querer ceder ao ataque que virá de Berlim, preferindo escolher um aliado indigesto a desproteger o flanco negocial, nem dá sinais de que se vá perder em inconsequentes proclamações de princípios.»

Daniel Oliveira, no Expresso (31 de Janeiro de 2015)

Grécia antiga (27)

Pedro Correia, 18.06.15

«A Grécia, berço da democracia ocidental, deu-nos mais uma lição política com a eleição do Syriza. Será este um feito dos deuses do Olimpo, cansados de tanta insensatez humana? Seja como for, permanece por agora na mente dos europeus a pergunta: "E agora?" Resta-nos apenas acrescentar um clamoroso: "Força, Syriza!"»

Patrícia Vieira, no Público (28 de Janeiro de 2015)

Grécia antiga (26)

Pedro Correia, 17.06.15

«Seria inadmissível que, como já aconteceu, o Governo [português] proclamasse que não somos a Grécia como se isso fosse um "feito", recusando-lhe solidariedade e não aproveitando de benefícios que podíamos ter só para afirmar aquela diferença! Ora, o que o Syriza pretende para o seu país é legítimo, justo e "realista".»

José Carlos de Vasconcelos, na Visão (29 de Janeiro de 2015)

Grécia antiga (25)

Pedro Correia, 16.06.15

«O Governo grego quer defender a dignidade e a vida dos gregos e Passos Coelho não suporta esse atrevimento. Passos Coelho nem percebe como é que Tsipras não considera uma honra servir os poderosos deste mundo e lamber a sola cardada das suas botas, deleitando-se na volúpia da submissão.»

José Vítor Malheiros, no Público (10 de Fevereiro de 2015)

Grécia antiga (21)

Pedro Correia, 10.06.15

«A escolha dos gregos deve ser objecto de ponderação muito séria por parte de todos os responsáveis europeus e não objecto de desprezo como se se tratasse de decisões próprias de inimputáveis. Na verdade, constituiria um contributo positivo para toda a Europa, se essa ponderação ajudasse a introduzir preocupações de natureza social e também a eliminar fantasias na análise da realidade, tal como, por exemplo, aquela que acredita numa milagrosa recuperação apenas com base no valor do défice, como se uma abóbora sem pevides, por um toque de uma varinha mágica, se transformasse numa carruagem reluzente.»

Manuela Ferreira Leite, no Expresso (31 de Janeiro de 2015)

Grécia antiga (19)

Pedro Correia, 08.06.15

«Alexis Tsipras transformou-se no rosto da esperança de que a União Europeia ainda consiga operar a viragem coperniciana que a poderá salvar dos seus próprios abismos. Enquanto os "astrónomos" ptolemaicos de Berlim e Bruxelas continuam a inventar centros geométricos imaginários para continuar a manter a ficção de que não é o Sol que ocupa o centro do nosso sistema planetário, o Syriza irá obrigar os europeus a fazerem a pergunta fundamental: por que razão, depois de cinco anos de austeridade, a dívida pública continua a aumentar nos países intervencionados?»

Viriato Soromenho-Marques, na Visão (29 de Janeiro de 2015)

Grécia antiga (18)

Pedro Correia, 05.06.15

«Varoufakis é um dos poucos economistas a não encarar esta crise como um mero economista. Onde outros se limitam a proclamar as suas equações e a desconsiderar o resto, Varoufakis entende a necessidade política de procurar soluções que não dependam de fazer de conta que o eleitorado alemão não exista ou que os tratados europeus possam ser ignorados. Coisa rara num economista, não pretende sacrificar os empregos e prejudicar as vidas de milhões de pessoas só para provar que tem razão. (...) Varoufakis está do lado da civilização e, com as suas capacidades de ironia e persuasão, será capaz de convencer uns quantos colegas no Conselho Europeu. Para bem de todos nós esperemos que o consiga.»

Rui Tavares, no Público (28 de Janeiro de 2015)

Grécia antiga (17)

Pedro Correia, 04.06.15

«O problema deste governo de colaboracionistas é que, se o Syriza provar que ter dignidade dá melhores resultados económicos que andar a lamber os pés da chanceler Merkel, a irracionalidade dos sacrifícios imbecis que nos obrigaram a fazer vai ficar completamente visível, até para o menos esclarecido habitante do Cavaquistão.»

Nuno Ramos de Almeida, no i (4 de Fevereiro de 2015)

Grécia antiga (16)

Pedro Correia, 03.06.15

«A escolha de Yanis Varoufakis para ministro das Finanças mostra de que o Syriza vai dar luta. Varoufakis quer envolver os países periféricos numa frente para discutir o problema da dívida, mas sabe obviamente que isso não será fácil. Por isso, o que propõe é uma renegociação do memorando de entendimento com a União Europeia, "aceitando, no entanto, algum tumulto nos mercados monetários. Se isso significar, durante as nosas negociações, que as yields da dívida de Portugal, Espanha e Itália sobem, tanto melhor. Porque, Lisboa, Madrid e Roma serão forçadas a participar criativamente nessas negociações, formando uma frente dos periféricos, de modo a criar uma nova arquitectura da zona euro, que acabe com a asfixia das nações com orgulho em nome de regras fúteis inexequíveis e misantrópicas". (...) A Europa, mesmo que desdenhe a ameaça, teme-a profundamente. Porque se a Grécia sair, não há nenhuma razão para acreditar que outros países não possam seguir o mesmo caminho.»

Nicolau Santos, no Expresso (31 de Janeiro de 2015)

Grécia antiga (15)

Pedro Correia, 02.06.15

«A grande novidade das eleições legislativas gregas é que a Grécia vai ter finalmente um Governo grego, composto por gregos que se preocupam com a vida dos cidadãos gregos e não um Governo de capatazes, preocupados acima de tudo em não indispor os poderes financeiros do mundo e em obedecer às directivas das forças ocupantes.»

José Vítor Malheiros no Público (27 de Janeiro de 2015)

Grécia antiga (14)

Pedro Correia, 01.06.15

«Fechou-se este ciclo no lugar onde se abrira: a Grécia. A vitória do Syrisa lavrou a certidão de óbito de uma "política" que recusava admitir alternativas para a quebra da solidariedade europeia que iria transformar os prejuízos comuns provocados pela crise financeira internacional de 2008 nas "dívidas soberanas" dos estados da sua periferia meridional.»

Pedro Bacelar de Vasconcelos no Jornal de Notícias (6 de Fevereiro de 2015)

Grécia antiga (13)

Pedro Correia, 29.05.15

«A vitória do Syriza é a primeira derrota significativa dos blocos de interesses ligados ao grande capital financeiro que governaram o continente. É de esperar que mais partidos ditos extremistas ganhem as eleições nos próximos anos. Espanha, França e até o Reino Unido são os próximos problemas com que a governação alemã da UE se vai debater.»

Nuno Ramos de Almeida no i (28 de Janeiro de 2015)