O segundo fôlego do sabão azul e branco
Condenado à morte quando rebentou a guerra dos detergentes, protagonizada pelo Tide e pelo Omo, passaram-lhe a certidão de óbito com a descoberta dos "glutões" do Presto.
Resistiu nos lavadouros, enquanto existiram lavadeiras, mas desapareceu dos cenários domésticos com a entrada em cena da máquina de lavar que destronou os velhos tanques de pedra.
O outrora famoso sabão azul e branco ganhou agora um novo fôlego, graças à gripe A e à ministra da saúde, Ana Jorge, que o aconselhou para lavagem das mãos, como alternativa aos desinfectantes. Voltou a ser notícia nos jornais. Fico a saber que continua a ser vendido em Portugal mas que no Norte se vende em versão rosa. Vá lá saber-se porquê…
A maior fatia da produção (seis mil toneladas) destina-se ao mercado africano, garantindo 26 postos de trabalho em Portugal.
Depois do conselho da ministra, a empresa espera aumentar significativamente o volume de vendas em Portugal. É curioso constatar, no mercado das novas tecnologias, a ressurreição de “velharias” com novas potencialidades.