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Delito de Opinião

Dez erros de José Sócrates

Pedro Correia, 17.09.09

  

 

1. A sua incapacidade para deixar um país melhor do que encontrou há quatro anos e meio, quando chegou ao poder.

2. O incumprimento de algumas das mais emblemáticas promessas eleitorais de 2005 - relativamente aos impostos, ao crescimento económico, ao referendo europeu e à criação de empregos, nomeadamente.

3. A arrogância que se tornou sua principal imagem de marca, traduzida na incapacidade de reconhecer um só erro durante o mandato - o primeiro do PS com maioria absoluta.

4. A escolha manifestamente infeliz de alguns ministros - Maria de Lurdes Rodrigues, Jaime Silva, Mário Lino, Nunes Correia - e a incapacidade que revelou de refrescar o Governo na altura própria.

5. A sua errática estratégia presidencial que permitiu notórias divisões no PS com a derrota do candidato oficial do partido contra o candidato 'fracturante', Manuel Alegre.

6. A desastrada escolha de um fraco cabeça de lista às europeias que contribuiu para a derrota eleitoral do partido num teste que tornou bem clara a impopularidade da governação socialista.

7. A transformação da TVI e do jornal Público em alvos principais no congresso socialista deste ano, em termos impróprios de um chefe do Governo, permitindo assim todas as leituras de interferência política naquelas duas empresas jornalísticas que tenham já ocorrido ou venham a ocorrer num futuro próximo.

8. O seu progressivo alheamento das preocupações concretas dos portugueses, bem patente na forma como procurou subestimar a inédita manifestação de cem mil professores contra a política educativa do Governo que prenunciou - melhor do que qualquer sondagem - a derrota eleitoral do PS nas europeias.

9. A manifesta incapacidade de estabelecer pontes à sua esquerda que lhe permitam definir uma política clara de alianças pós-eleitorais e dá-la a conhecer aos portugueses.

10. As inúteis guerras de desgaste que foi travando com o Presidente da República – a mais disparatada das quais relacionada com o estatuto dos Açores, em que manifestamente não tinha razão. Quem mais se desgastou com estas guerras foi ele próprio. Quod erat demonstrandum.

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