De Ricardo a 04.09.2009 às 09:47
A RETER:
JUAN LUIS CEBRIÁN, Presidente executivo da Prisa
S o c i a l i s t a , jornalista, director do ‘El País’ durante vários anos, ocupa actualmente as funções de presidente executivo do Grupo Prisa.
MIGUEL GIL, Administrador da Media Capital
S o c i a l i s ta , foi durante vários anos assessor de imprensa de Felipe González e veio para a administração da Media Capital em 2005.
Como a coisa funcionou:
O Presidente executivo da prisa não recebeu ordens nem foi coagido pelo PS ou pelo primeiro ministro; claramente não precisava! É daquelas coisas:" não precisam pedir, eu sei o que tenho a fazer!"
Ninguém consegue provar que tenha havido qualquer pressão. Socrates tem razão, o PS tem razão; nada fizeram para isto acontecer( obviamente, nem não era preciso).
O presidente da prisa, podia arranjar qualquer justificaçao para acabar com o Jornal nacional; na qualidade de presidente, qualquer uma servia.Até podia dizer que os olhos da Manuela Moura Guedes não combinavam com o cenário!
Miguel Paes do Amaral, antigo dono da TVI, defende a decisão da administração de acabar com o jornal apresentado por Moura Guedes. Opina que "aquele noticiário ultrapassava tudo o que era admissível". Este Sr certamente nunca olhou para a miséria que já passou pela TVI. Tantos comentários que poderia ter feito a vergonhosos programas, e logo vai comentar sobre um programa, que no meu entender era dos melhores. Enfim, opiniões não se discutem!
O que se passou, claramente é um atentado contra a liberdade de expressão( essa liberdade que tanta gente diz que se conseguiu com o 25 de Abril).
A Manuela Moura Guedes, tem uma forma peculiar de apresentar as noticias; é um estilo, é uma forma de estar. Há quem goste e quem não goste. Qual o problema? Agora também não temos opção de escolha? não pudemos ver o que queremos? Não, pelos vistos, não! As noticias têm que ser mais "cinzentas". É essa a vontade de alguns, e vontade seja feita!
Sempre acompanhei as noticias apresentadas por Manuela Moura Guedes porque senti muitas vezes que ela fazia as perguntas que eu gostaria de fazer. Ao contrário de muitos jornalistas, que se ficam por uma pergunta e uma resposta, mesmo que a resposta não responda à pergunta, A MMG não se calava, e quando o entrevistado não queria mesmo responder, ela expressava-se com a cara ou com um comentário menos agradável para o entrevistado: "pois, pois". Não é o que cada um faz quando não conseguimos obter respostas às nossas perguntas? Dizem alguns: "mas isto não é jornalismo!". Quero lá saber se é ou não jornalismo! É isto que eu quero ouvir e ver, ponto final! Quem não gosta não vê. O que não falta é telejornais cinzentos.
A Manuela Moura Guedes pode ficar prejudicada, mas julgo que o PS não irá ficar melhor. Se porventura esta situação nada teve a ver com partidos( o que eu duvido), temos pena!
Espero que a SIC contrate esta Senhora; não estou a ver um canal publico a fazê-lo.
De Menino Carlinhos a 04.09.2009 às 16:29
Caro Ricardo: Concordo consigo palavra por palavra. Acrescentarei apenas que há determinada(s) jornalista(s) - por acaso ocorre-me uma do sexo feminino - a cujas entrevistas os nossos políticos GOSTAM de comparecer, devido ao seu estilo moderado que "os faz parecer bem". Não conheço nenhum político que já tenha dito que gostava de ser entrevistado por MMG. O que só vem demonstrar que ao perdermos a abordagem dura de MMG perdemos transparÊncia. Chame-se a isso jornalismo, ou qualquer outro "ismo", é o que eu quero ouvir, porque seria o que eu queria perguntar. Evidentemente, o estilo MMG não se adequa a um outro tipo de "ismo" de que acabou de me ocorrer um exemplo, começado por "F"...