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Delito de Opinião

Jornalismo de sarjeta*

Carlos Barbosa de Oliveira, 26.08.09

“As explicações com a aparente cumplicidade de fontes anónimas da PSP, que se apressaram a dar uma versão benevolente dos factos, tentam fazer o controlo de danos. Mas olhando para o curriculum de Pinto da Costa, é muito difícil conceder benefícios de dúvida…”
Isto não foi escrito no Jornal do Benfica, nem na sua sucursal que se vende a 80 cêntimos e se apelida de jornal desportivo. Foi escrito no “Público”, um jornal que pretende ser credível, por um jornalista que assina P.F.  mas presumo sofra de dislexia.
Um jornal que criou uma novela de Verão com base em fontes anónimas,não tem legitimidade para fazer juízos de valor  sobre outras fontes.
Um jornalista não pode escrever na última página uma série de atoardas tendenciosas, pondo em causa fontes anónimas da polícia, quando a notícia do mesmo jornal, ( página 9) fala de “fonte oficial da PSP”.
Nenhum jornalista, mesmo só com meio neurónio,  invocaria o curriculum de PC para colocar em causa a versão oficial da polícia sobre um acidente provocado pelo motorista do presidente do FC. Porto. Isso não é jornalismo, é má fé!
Nenhum jornal que se serviu de um assessor cobardolas do PR, para incendiar as relações entre PR e PM e vender mais alguns exemplares, tem o direito de fazer as insinuações que este P.F. faz, nem de escrever uma notícia sobre um atropelamento que não existiu ( saberá AAM o significado de atropelar?) como se pode ler na própria notícia que AAM redigiu: “ sendo atingido ( o repórter) pelo espelho retrovisor do lado direito, que lhe provocou a queda”.
Quando se escreve em jornais é preciso ter a noção do rigor. Um jornalista não pode escrever atoardas, só porque lhe dá jeito e, quando escreve uma notícia, deve evitar contradições, para evitar cair no ridículo. Já agora, devia saber que ao associar por três vezes  -  numa notícia de meia dúzia de linhas - o nome de Pinto da Costa ao “atropelamento”, só porque ele ia na mesma viatura,  está a ser insidioso e a prestar um mau serviço ao jornalismo. Se quer emitir opiniões, ou fazer juízos de valor sobre um acontecimento em vez de escrever notícias, o melhor é criar um blog.


*Não  utilizo a expressão “jornalismo de cano de esgoto” para não  ofender alguns leitores mais puritanos.
 

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