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Delito de Opinião

2º Encontro da quadrilha

Ana Vidal, 30.07.09

 

Ontem foi um dia especial para os delinquentes. Com ordem de soltura para um passeio no pátio* para desentorpecer as pernas, respirar o ar puro e morno de uma bela noite de Verão lisboeta, e também - ou não fosse o delito a opinião - conspirar e delinear estratégias futuras de fuga ou de motim, ou ainda de manobras de diversão para iludir a guarda armada da blogosfera. Chegaram das suas celas da ala esquerda e da ala direita, bem dispostos e compinchas, misturando-se no corredor central com uma animação de velhos amigos, e desceram até ao pátio, onde os esperava um jantar de ração melhorada:

 

Pão, azeite aromatizado, azeitonas curadas  

 

Sopa fria de caramelo de Alho com Tomates Cereja e Mozarelas

 

Lombo de Bacalhau com “Manja” à moda da Maçussa
Carne de porco preto confitado com migas de coentros

 

Bolo “Gazeta”

Tudo isto bem regado a

 

Casal do Além – Bucelas DOC, bco 2007

Grilos – Dão DOC, Tto 2006  

àgua mineral, café  

 

Falaram de tudo com humor e camaradagem - também de política, pois claro! - e sobre a mesa correram as mais escaldantes fofocas da actualidade nacional, o amor aos animais, a paixão das viagens, novidades e velharias, enfim, tudo o que faz as delícias de uma quadrilha de delinquentes. Alguns eram residentes ou chegaram da vizinhança: a Teresa, o Pedro, o Carlos (o anfitrião), a Leonor, eu, a Sofia, o Adolfo, o André e o Paulo. Outros foram transferidos de estabelecimentos mais  longínquos: o Joaquim (do Porto) e o António Manuel (do Alentejo), e para lá voltaram nos respectivos carros celulares.

 

Houve membros da quadrilha que não puderam estar presentes,  em gozo de licença ou ocupados com planos de fuga: a Ana Cláudia, a Ana Margarida, o Jorge, a Marta, a Cristina, o José, o Sérgio. Muito notada foi também a ausência de um ilustre ocupante da solitária (na Terceira): o João.

 

Mas todos eles estiveram lá em espírito e foram incluídos nos brindes.

 

Depois de muita conversa, à uma da manhã lá foram dispensados os delinquentes, mas em liberdade condicional. É que a pena é para cumprir: um jantar de convívio periódico, para manter viva a chama desta perigosa troupe. Porque o crime... compensa.

Até ao próximo!

 

 

* O pátio é o do Clube de Jornalistas, onde o jantar teve lugar.

5 comentários

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    Ana Vidal 31.07.2009

    Bem podes, Paulo! Quero essa consciência bem pesada, que até já tive pesadelos com a simples evocação dessa possibilidade...
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    Leonor Barros 31.07.2009

    Que nojo!!!!! (ai os pontos de exclamação) Acho que deves pedir ao Paulo uma indeminização choruda pelos danos causados. Viver com esse pesadelo não é fácil
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    Ana Vidal 31.07.2009

    É altamente traumatizante, tens razão. Mas o Paulo não tem culpa, foi só um engano. Acho que vou pedir a tal indemnização ao... ao dito.
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    Leonor Barros 31.07.2009

    Pronto, está bem. Vais então pedir uma indeminização choruda ao... ao tal... ao dito?
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