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Delito de Opinião

E depois do adeus

Pedro Correia, 04.07.09

Os grupos parlamentares, por unanimidade, criticaram a inqualificável atitude de Manuel Pinho na sede máxima da democracia - atitude que desprestigiou o Governo e ridicularizou as instituições políticas portuguesas além-fronteiras, onde foi abundantemente noticiada, como já anotei aqui e aqui. O primeiro-ministro demarcou-se sem hesitar da grosseria do seu ministro - e tratou imediatamente de o substituir, atitude que só o honra. O presidente da Assembleia da República, conforme lhe competia, pronunciou-se contra Pinho. O Presidente da República, para não destoar, criticou igualmente o ex-ministro da Economia. E registo com agrado que também vários blogues que costumam apoiar o Governo não hesitaram em contestar a atitude insultuosa de Pinho sem considerandos laterais nem atenuantes de qualquer espécie - leia-se, a título de exemplo, o que escreveram Pedro Adão e Silva, Francisco Clamote e Luís Novaes Tito. Há mesmo quem descubra agora, como acentua João Galamba, que Pinho "como político sempre foi um desastre": mais vale tarde que nunca.

Em flagrante contraste, outros optaram desta vez pelo silêncio: lá saberão porquê. É pena vê-los assim: ainda recentemente andavam tão loquazes...

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