Resistirei sempre...
Tem-se acentuado de há uns anos para cá: à medida que o linguajar empobrece, as pessoas tendem a dizer todas as mesmas coisas com as mesmas palavras. Já não é um mero problema de "moda", mas sim de escandalosa falta de vocabulário. Fruto, necessariamente, de estarmos a criar gerações com mais habilitações e menos conhecimentos.
Lembrei-me disto a propósito do Prós e Contras, que ainda vai na primeira parte. Nem estou a prestar muita atenção, mas consigo perceber que é já a quinta intervenção no programa e concluo que devem estar todos a dizer o mesmo, porque todos eles têm falado à exaustão na mudança de paradigma. Mais para uns, menos para outros, a mudança de paradigma é algo que nitidamente os persegue e consome. Até a Fátima Campos Ferreira também já lhes dá a palavra a partir de uma ideia qualquer em torno da mudança de paradigma.
Na minha opinião, a reforma do ensino que continua por fazer era suposto voltar a pôr os portugueses a falar português. Por inteiro e com características individualizadas, porque andamos a assistir permanentemente a pedacitos de língua plagiados e indiferenciados, com total desprezo por direitos de autor.
Tenho feito um grande esforço para resistir a esta triste realidade, que já constitui um risco sistémico. E esta é que é a questão essencial, que era preciso, basicamente, colocar em cima da mesa. A bem da mudança de paradigma...