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Delito de Opinião

Figura nacional de 2013

Pedro Correia, 08.01.14

RUI MOREIRA

Pela primeira vez uma lista independente (embora com o apoio de um partido, o CDS) venceu uma eleição para uma grande cidade portuguesa, conquistando seis dos 13 mandatos em disputa. Aconteceu no Porto, nas eleições autárquicas de 29 de Setembro, quando Rui Moreira, obtendo 39% dos votos, derrotou o socialista Manuel Pizarro e o social-democrata Luís Filipe Menezes, num dos mais disputados confrontos eleitorais de que ali há memória.

Empresário e dirigente associativo, de 57 anos, Rui Moreira distinguiu-se sobretudo como presidente da Associação Comercial do Porto, sucedendo no município da Invicta ao social-democrata Rui Rio, que cumpriu três mandatos consecutivos. Rio foi, aliás, um dos protagonistas da campanha ao anunciar publicamente que não votaria em Menezes, o candidato oficial do PSD. Uma declaração que facillitou a vitória de Rui Moreira, conhecido adepto do FC Porto e ex-comentador de futebol na RTP.

Fala-se já dele para novos voos políticos, mas por enquanto o novo autarca portuense - que tomou posse a 22 de Outubro e obteve entretanto o apoio do PS para obter maioria nos processos de decisão - promete concentrar todas as energias no trabalho camarário do Porto, a que chamou "cidade livre". Um dos seus primeiros actos como autarca foi normalizar as relações entre o município e o FCP, interrompidas no início do mandato de Rio.

 

Rui Moreira foi considerado a figura nacional de 2013 em votação interna do DELITO DE OPINIÃO, sucedendo a José Mourinho (figura nacional de 2010) e Vítor Gaspar (figura nacional de 2011).

Logo a seguir nesta votação ficou o povo português, no seu conjunto, pelos sacrifícios que enfrenta e a forma como os tem suportado. Em terceiro lugar, o presidente do Tribunal Constitucional, Joaquim Sousa Ribeiro. Seguiu-se Vítor Gaspar, que se demitiu de ministro das Finanças no início de Julho.

Houve ainda votos isolados em Rodrigo Leão, Cristiano Ronaldo, Paulo Valente Gomes e Bruno de Carvalho.

Foto Paulo Pimenta/Público

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