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Delito de Opinião

Os novos emigrantes

Teresa Ribeiro, 04.01.14

O que distingue os novos dos velhos emigrantes é o corte afectivo. A renúncia dos jovens, que agora partem, ao país que os viu nascer mas não lhes permitiu fazer planos, atingir objectivos, progredir na vida é uma novidade na nossa história de emigração. Esta nova geração não se vai rever nas canções de emigrantes que gemem de saudades pelo país solar que ficou para trás, nem vai fazer poupanças com o intuito de um dia voltar. Os seus filhos serão filhos de países bem sucedidos e aprenderão a falar as línguas que contam.

A globalização ajudá-los-á a descartar os sentimentos de pertença que sempre atrapalham na hora da despedida, mas será o sentimento de rejeição o principal responsável por todo este desprendimento. Ao contrário dos mais velhos não é com humildade que saem, mas com despeito. Na verdade não partem, dão as costas. Dão as costas ao país que lhas virou.

2 comentários

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    Teresa Ribeiro 05.01.2014

    De que fala quando fala de igualdade socialista? Se é de igualdade de oportunidades, qual é o seu problema? Quanto aos empregos no Estado, não se preocupe. Já foi chão que deu uvas. De resto agora estamos melhor, não há nem no Estado, nem no privado. É por isso que o ano passado saíram do país 120 mil e não vai ficar por aqui.
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