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Delito de Opinião

O melhor é oferecer livros

Pedro Correia, 31.12.13

Este ano, por efeitos acumulados da crise no meu orçamento pessoal, as prendas natalícias que ofereci aos familiares mais chegados resumiram-se a livros que fui comprando ao longo do semestre. Estas são aliás, para mim, as melhores prendas. As mais intemporais, as mais persistentes, as que mais nos acompanham vida fora.

 

Que livros foram esses?

 

 

O Quinto Livro de Crónicas, de António Lobo Antunes, com chancela editorial da Dom Quixote. É um género em que o autor de Memória de Elefante se revelou um dos maiores cultores de sempre em Portugal, produzindo textos que são autênticas obras-primas do engenho literário.

 

 

Os Contos Completos, de Fernando Pessoa. Enfim um volume que reúne supostamente na íntegra -- supostamente porque com Pessoa nunca se sabe -- ficções do criador de Mensagem, capaz de ser pontualmente tão brilhante em prosa como foi na poesia. Uma edição com a qualidade a que a Antígona nos habituou.

 

 

Romeu e Julieta, de William Shakespeare. Uma reedição muito cuidada deste grande clássico da dramaturgia de todos os tempos inserido numa colecção de obras do genial autor britânico que a Relógio d'Água, a preços muito convidativos, põe agora à disposição dos leitores portugueses. A isto chamo serviço público.

 

 

A Bibliotecária de Auschwitz, de António G. Iturbe. Com a chancela da Planeta, uma das melhores narrativas que nos chegou de Espanha nos últimos anos, cruzamento de reportagem com ficção, originalmente editada em 2012. Uma admirável história de resistência baseada em factos reais que passou com distinção no exigente crivo crítico espanhol.

 

 

As Grandes Batalhas da História de Portugal, de Rui Natário. Um livro de consulta permanente, ideal para quem gosta de conhecer ou recordar alguns dos factos mais decisivos da nossa história política e militar, sem os quais Portugal não seria o que é. Da batalha de São Mamede (1128) à batalha de La Lys (1918), quase 800 anos em revista nesta obra da editora Marcador.

 

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Nota suplementar: todos estes livros, impressos em 2012 ou 2013, estão escritos em português não-acordista. Sem mutilação de consoantes, portanto. O que os torna ainda mais recomendáveis.

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