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Delito de Opinião

Afinal porque se escreve?

Pedro Correia, 17.12.13

 

Porque se escreve? O que leva alguém a tornar-se escritor? Qual a atracção desta actividade tão intensa mas também tão desgastante e tão solitária? Uma das melhores definições que conheço sobre este tema foi expressa por um profundo conhecedor da matéria: o escritor espanhol Eduardo Mendoza, autor do celebrado romance A Cidade dos Prodígios. Ao receber há três anos em Barcelona o prestigiado Prémio Planeta, pelo seu livro Riña de Gatos: Madrid 1936 (há dias distinguido com o Prémio do Livro Europeu), Mendoza declarou o que o leva a sentir a irresistível pulsão da escrita: “Não escrevo livros com um objectivo definido: escrevo-os para ver como acabam.”

Excelente definição. Ainda mais saborosa por ser irónica. Ou por ser um misto de fingimento e confissão. Como nos ensinou Fernando Pessoa, num escritor não há distâncias entre fingimento e realidade.

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