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Delito de Opinião

A China hoje (2)

Carlos Barbosa de Oliveira, 04.06.09

 

Como dizia a canção , “não há liberdade a sério sem educação, saúde, habitação...”
O governo chinês reconheceu o falhanço da sua política em três áreas: educação, saúde e habitação. As propinas nas universidades podem atingir os 1000 euros anuais, os reformados que tinham um sistema de saúde grátis perderam essa prerrogativa e os custos da habitação dispararam para custos astronómicos, podendo atingir, em Xangai, os 9 mil euros por metro quadrado.
Todos reconhecem que se vive hoje em dia melhor na China (embora não se possa escamotear que 65% da população ainda vive da agricultura, tendo rendimentos muito reduzidos...). A maneira como os chineses vestem, os automóveis que ostentam, ou a vida social que fazem, se comparados com o início da década de 90, são bem demonstrativos dessa evolução.
Existe também, nas camadas mais jovens, uma crescente aproximação aos modelos de vida ocidentais. O karaoke já não é o único divertimento dos chineses. Há discotecas a abarrotar, bares pejados de jovens e restaurantes de comida internacional muito disputados. É também visível que os chineses se habituaram ao lazer no fim de semana, pela forma como se passeiam descontraidamente nas ruas, invadem centros comerciais e espaços de lazer. E viajam muito.
A Praça de Tian An Men, (Paz Celestial), por exemplo, é invadida por milhares de excursionistas ao fim de semana. A melhoria do nível de vida reflecte-se, obviamente, num aumento do número de automóveis em circulação. Em Pequim há 3 milhões de automóveis e a poluição disparou para níveis inimagináveis há uma década atrás. A primeira preocupação do Governo chinês para combater a poluição centra-se, por isso, na limitação de veículos. A medida encontrada foi limitar o numero de venda de automóveis que se reduz, em Pequim e Xangai, a mil unidades mensais. Mas não basta a um chinês ter dinheiro para comprar um carro. Precisa também de obter uma licença de circulação que aumenta todos os meses. Em Outubro, em Xangai, o custo dessa licença era de 5 mil euros!

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