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Delito de Opinião

Insegurança social - III

Teresa Ribeiro, 20.11.13

Para dar um ar de eficiência a Segurança Social criou linhas de atendimento directo, mas que não passam de call centers. As pessoas que atendem não são funcionárias da S.S. mas gente que recebeu formação nos moldes em que a tropa dos call centers costuma receber, ficando habilitada a responder a questões elementares e a distribuir os interlocutores mais complicados pelos vários balcões de atendimento mediante a marcação de entrevistas.

As chamadas são pagas e invariavelmente retêm os utentes durante vários minutos, até que um gravador os informa que "neste momento não é possível atender a sua chamada, por favor ligue mais tarde". Depois de muita insistência consegui que me atendessem, mas remeteram-me para outra linha, a 707200217. Não estranhei a gravação que me pediu para esperar em termos irrepreensíveis: "obrigada por aguardar, a sua chamada será atendida dentro de momentos, por favor não desligue", mas a cadência. Tão anormal que ao fim de poucos minutos pus-me a cronometrar, já de nervos em franja. Verifiquei que por minuto as pessoas que estão em linha ouvem esta mensagem sete vezes. Se aguardarem quatro minutos, que foi o que esperei, tê-la-ão ouvido 28 vezes. Como exercício de aquecimento posso assegurar que funciona.

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