Como turistas japoneses
Houve um tempo em que se gozava muito com os turistas japoneses por dispararem com as suas Minoltas e Nikons sobre tudo o que mexia. Agora esse frenesim passou a ser global. Com os telemóveis fotografa-se tudo, até a roupa nas montras (fiquei a saber através de uma reportagem de rua que vi na televisão).
Este frenesim nipónico corrompe o que deveria ser sempre a nossa relação com a fotografia: uma selecção criteriosa das imagens ou momentos que queremos resgatar do fluxo temporal contínuo, desafiando as leis do espaço e do tempo.
A banalização da fotografia está a roubar a alma aos retratos.