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Rodrigo Adão da Fonseca: «Cavaco Silva, o presidente que gosta de gerir os silêncios, abriu a boca. Assim de repente, não percebi mesmo o que é que queria dizer-nos. Acho que nisso estou bem acompanhado.»
Mr. Brown: «Se bem entendi e apesar de algumas zonas cinzentas, que não podiam deixar de existir, posso ser tentado a gostar da posição de Cavaco Silva. Deixo de gostar a partir do momento em que seja a antecâmara para um governo de iniciativa presidencial liderado por uma personalidade escolhida pelo próprio presidente.»
Bruno Sena Martins: «Cavaco acaba de empossar uma nova forma de poder pastoral: a hiper-estabilidade. Trata-se de um desejo tão intenso de estabilidade que cria as condições de uma instabilidade duradoura. Trata-se de um medo tão intenso da escolha popular que elege o populismo de um consenso inverosímil.»
Paulo Gorjão: «Não tem sentido o Presidente recusar a remodelação ao mesmo tempo que sinaliza eleições legislativas para 2014. (...). As duas coisas é meio caminho andado para o reacender da crise política se o Governo reagir e, naturalmente, tem toda a legitimidade para o fazer. Crise política essa que lhe pode rebentar nas mãos, passando ele próprio a ser um factor de instabilidade.»
Bruno Alves: «Depois da sua inacreditável declaração de hoje, fica mais do que claro que o Presidente da República não faz a mínima ideia do que se está a passar, e muito menos do grave problema que acabou de criar.»
Vital Moreira: «Com que convicção e autoridade é que Passos & Portas podem governar, com a corda ao pescoço, condenados ao açougue eleitoral a curto prazo?»
João Lamy da Fontoura: «Xeque a toda a gente numa única jogada e a criação de uma nova figura jurídico-constitucional: a dissolução da Assembleia da República sujeita a termo suspensivo incerto. O que seria se o Presidente não tivesse uma interpretação supostamente minimalista dos seus poderes?»
João Lisboa: «A campanha eleitoral, que hoje se inicia, não vai condicionar um bocadinho a salvação da pátria?»
(actualizado)