Tudo correrá bem
Depois de andar a fazer voz grossa durante um par de semanas, Nuno Crato cede aos professores e mostra que nem sob intervenção externa o Estado português é reformável. A Troika percebe-o e, porque se não vai pelo anafado sector público, tem que ir pelo esganado sector privado, avança as propostas de diminuir o salário mínimo e cortar ainda mais nas indemnizações por despedimento. O Ministro das Finanças também o percebe e demite-se. Que a sua substituta esteja debaixo de fogo por causa dos contratos swap e não tenha peso no universo político interno nem no universo financeiro externo é, numa visão global das coisas, quase irrelevante.