Obviamente demita-se.

Não sinto qualquer pena pela saída de Vítor Gaspar. A meu ver, já vai tarde. Esta carta de demissão é, no entanto, a demonstração cabal do absoluto défice de coordenação política do Governo. Passos Coelho sustentou até ao limite do sustentável um Ministro das Finanças que não acertava uma, para vê-lo fugir precisamente na altura em que a troika vai começar mais uma avaliação. E não arranja mais ninguém para o substituir do que a Secretária de Estado que tem estado debaixo de fogo por causa dos swaps. Pareceria uma brincadeira de mau gosto se o assunto não fosse sério de mais. Vítor Gaspar era o verdadeiro Primeiro-Ministro deste Governo. Agora que se foi embora, é mais que altura de Passos Coelho o seguir. Porque já toda a gente percebeu que com estes protagonistas não vamos a lado nenhum.