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Delito de Opinião

Sebastianismo

Helena Sacadura Cabral, 29.03.13



D. SEBASTIÃO, Rei de Portugal...


Louco, sim, louco, porque quis grandeza

Qual a Sorte a não dá.

Não coube em mim minha certeza;

Por isso onde o areal está

Ficou meu ser que houve, não o que há.


Minha loucura, outros que me a tomem

Com o que nela ia.

Sem a loucura que é o homem

Mais que a besta sadia,

Cadáver adiado que procria?






Nesta sexta feira da Paixão, cinzenta, chuvosa e fria deixo-vos este poema sempre tão pré monitório. De facto, todos nós vivemos à espera de que, um dia, D. Sebastião voltará para nos salvar. De nós mesmos!

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