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Delito de Opinião

Os assassinos do euro

Pedro Correia, 18.03.13

Uma espécie de vitória póstuma da União Soviética, este confisco dos depósitos bancários dos cipriotas - totalmente inimaginável, totalmente inaceitável. Burocratas que nunca se submeteram a uma eleição, no conforto climatizado dos seus gabinetes em Bruxelas, tomam decisões em nome de estados soberanos que afectam irremediavelmente os povos desses estados, despromovidos de cidadãos a súbditos. São assassinos em potência. Os assassinos do euro. Os assassinos do projecto europeu, que se arrisca a repetir o destino de Lenine: glorificou-se em formato múmia.

 

3 comentários

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    Pedro Correia 20.03.2013

    Como refiro noutro comentário, Isabel, julgo que Chipre está a ser usado para uma reconfiguração do euro - materializando a tese da Europa a duas velocidades - segmentando a actual UE em duas grandes parcelas, o centro e a periferia.
    Isso subverte toda a arquitectura política europeia, tal como foi delineada pelos construtores da Comunidade Europeia na década de 50. E contraria também a lógica do Plano Marshall, que permitiu à Europa renascer das cinzas da guerra. Outros tempos, outras vistas (muito mais curtas, nos dias de hoje).
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    rmg 20.03.2013


    Um ponto (e grande!) a seu favor nesta tese do "balão de ensaio" para a reconfiguração do euro e a Europa a duas velocidades .

    Claro que subverte tudo mas não nos podemos esquecer que dentro de 2 ou 3 anos a maior potência económica (e talvez militar) do mundo não serão os EUA .
    E a Europa nem vai contar grande coisa se não tiver um "núcleo duro" , por muito que a ideia nos custe .

    As vistas são curtíssimas : todos os políticos europeus decidem em função dos respectivos telejornais da noite (dessa noite , amanhã há outro).
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