O "corralito" europeu.

A imagem de cima mostra bem o desespero dos cipriotas, recorrendo a um bulldozer para abrir à força um banco depois da exigência do Eurogrupo em confiscar parte dos depósitos bancários em Chipre como contrapartida da aprovação do resgate. Neste momento os europeus ficaram a saber que para os eurocratas de Bruxelas vale tudo e que não há qualquer respeito pelos direitos das pessoas. Depois do confisco de salários e de pensões, da tributação das pensões a taxas expropriatórias, da sobretributação dos imóveis, agora sabe-se que também os depósitos bancários se podem facilmente evaporar por decisão de qualquer eurocrata bruxelense a que os governantes fantoches dos países resgatados facilmente dirão Amen.
Torna-se cada vez mais evidente que o euro foi um colossal embuste e que a União Europeia é neste momento uma ditadura sem qualquer suporte democrático. Quando os países decidiram aderir julgavam que se estava perante um espaço de segurança e liberdade, em que a propriedade das pessoas fosse respeitada. Se neste momento é possível na Europa confiscar os bens das pessoas e decretar um "corralito" como em qualquer república sul-americana, é manifesto que a União Europeia já não está em condições de resolver os problemas dos cidadãos europeus. E se é assim mais vale que a mesma acabe depressa.